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O novo consumo consciente e a influência responsável

Sumário

Eu sou millennial e completarei 40 anos este ano. Atrás de mim estão os zoomers (geração Z) e, depois, os alfas. Cada geração com características únicas e desafios diferentes uma das outras. O que todas possuem em comum? Redes sociais.

Quando comparamos as redes sociais da época do Orkut e MySpace com o que elas se tornaram hoje, percebemos que estar online passou a ser sinônimo de fazer parte de um jogo. As redes sociais deixaram de ser apenas um espaço para conversar com parentes e amigos e se transformaram numa vitrine pessoal. Aqui, o produto é você – sua história, suas conquistas, suas dicas e análises. E isso tudo é feito, muitas vezes, por quem não depende da rede como fonte de renda, mas como fonte de curtidas e doses diárias de dopamina. É mais sobre ser visto, ter seu momento de prestígio.

Adolescentes, adultos e idosos entraram nesse jogo. Vemos pessoas criando conteúdos que vão de dancinhas e memes a análises de filmes, como as indicações ao Oscar 2025 (querida Fernanda Torres, estamos na torcida!!!). O ponto não é apenas registrar experiências ou mostrar uma flor bonita no caminho de casa. É sobre fazer sua voz ser ouvida, sobre mostrar quem você é, ainda que você não saiba direito quem é.

Esse movimento de autopromoção, geralmente improvisado e replicado de tendências que já viralizaram, é uma forma de afirmar sucesso. Estamos o tempo todo provando que alcançamos o sucesso: temos internet, um celular e conseguimos produzir conteúdo, um sucesso tal como fast fashion, visado, mas rapidamente consumido e descartado. É como se estivéssemos correndo, sem saber exatamente para onde, mas correndo mesmo assim. E quando muita gente corre, você age por impulso e corre também, é questão de sobrevivência.

Hoje, o ambiente digital ultrapassou a ideia de apenas aparentar estar bem. Agora, ele cobra conhecimento sobre o que é bem-estar e exige que comentemos produtos, tecnologias e acontecimentos. De uma hora para outra nos transformamos em jornalistas, sem ter nenhuma formação para isso (alguns sem nenhuma habilidade também).

No meio desse balaio todo surge o Business Influencer, uma figura que se distancia bastante do influenciador comum. O influenciador tradicional busca viralizar por meio de conteúdos leves, pessoais e alinhados às tendências do momento. Já o Business Influencer tem um foco muito mais prático: ele traz estratégias de mercado e resultados reais para marcas e empresas. Com uma visão técnica e uma experiência relevante, ele oferece insights que fazem sentido no mundo corporativo. Aqui entram as habilidades que faltam nos outros: comunicação, conteúdo alinhado a uma proposta e um propósito, uma boa agência cuidando disso tudo nos bastidores.

Ele compartilha conhecimentos que ajudam as marcas a se posicionarem melhor no mercado. Oferece análises embasadas e discute tendências, contribuindo para visibilidade das marcas como algo mais sólido e confiável, sem polêmicas que poderiam viralizar e levar toda a reputação dele e da marca embora. O Business Influencer não divulga produtos apenas por divulgar. Diferente do influenciador que busca fama momentânea, o Business Influencer tem um impacto duradouro na economia e na sociedade, que como tratamos no início do artigo, hoje é formada por uma mistura de gerações e poderes de compra diferentes, baseados no consumo reflexivo do impacto no planeta e outros questionamentos.

O Business Influencer é apresentado como uma resposta a esse novo contexto digital, onde cresce a habilidade de transformar a popularidade em resultados práticos para o mercado na velocidade do cliques. Portanto, o impacto do Business Influencer vai além da promoção de produtos e serviços. Ele funciona como uma ponte entre as tendências globais e as necessidades locais das marcas. Ao entender o mercado, traduz essas informações em conteúdos práticos, permitindo que as empresas ajustem suas estratégias em tempo real. Enquanto o influenciador comum busca alcance imediato, o Business Influencer constrói relações de longo prazo, baseadas em credibilidade. Assim percebemos o abismo que separa o profissional influenciador de uma subcelebridade.

O usuário comum até pode viralizar e ganhar visibilidade, mas o faz para satisfação pessoal, ganhar algumas curtidas e se sentir parte de todo o contexto. O Business Influencer trabalha para agregar valor às marcas, levar a informação para o usuário comum que consome essas marcas. Representa a ponte entre a inovação digital e os resultados reais do consumo com propósito.

Marcas que trabalham com eles conseguem criar campanhas autênticas, que não apenas aumentam vendas, mas também fortalecem sua reputação. Eles ajudam a criar narrativas mais reais e conectadas com o público, sem exageros ou promessas vazias.

Dessa forma o Business Influencer é a peça principal que faltava no quebra-cabeça das marcas. Ele combina carisma e expertise para entregar conteúdo relevante e influente, se destacando num mar de informações descartáveis e atualmente gerado por IA. Seu papel vai de influenciar comportamentos, promover uma interação produtiva entre marcas e pessoas e gerar resultados reais que vão muito além das curtidas. É a percepção que 100 curtidas, por exemplo, representam 100 pessoas. E 100 pessoas forma uma auditório lotado.

 

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