Estudo promovido pelo Youtube mostra que fãs passaram de consumidores de conteúdo para criadores, relacionando essa produção de conteúdo com o que consomem na plataforma. 65% da Geração Z se considera creator. De que forma? Participando de trends, memes, rections de vídeos, ou seja, atuando como um canal de distribuição daquilo que gostam de consumir.
Dois dados significativos sobre esse estudo:
- 80% do público (14 a 44 anos) consomem o conteúdo de alguém ou algo que são fãs pelo menos uma vez por semana.
- 85% do público (14 a 44 anos) se descrevem como fã de algo ou alguém.
Aqui temos um indicativo de mudança de comportamento e possibilidade de interação entre creator e comunidade. Comentários, compartilhamentos e mensagens diretas já são realidade nessa dinâmica há anos, ou seja, já há relação direta nesse canal de comunicação. Além disso, o alto engajamento de um fã também já é esperado. Se buscarmos imagens do início da década de 60, já veremos o impacto dos Beatles na indústria musical, com geração de demanda para fãs que queriam estar o mais próximo possível do que acontecia com o quarteto de Liverpool.
Hoje, vemos que cerca de 6 em cada 10 fãs que são da Geração Z tendem a ter um alto índice de engajamento. Vamos aos dados:
Fãs da Geração Z
- Fã casual: 42%
- Big fã: 29%
- Super fã: 21%
- Fã profissional: 8%
O que significa cada tipo de fã?
- Fã casual: alguém que engaja de vez em quando com algo que é fã.
- Big fã: alguém que engaja nos momentos importantes e regularmente gasta dinheiro relacionado ao que é fã.
- Super fã: alguém que engaja regularmente, participa de fã clubes, se relaciona com a comunidade e faz de tudo para ser fã.
- Fã profissional: alguém que ganha receita por ser fã.
Há algumas décadas atrás, fã clubes profissionais organizavam-se em sedes – poderia ser a casa do presidente – e promovia encontros regulares entre esses fãs. Na década de 50, por exemplo, no Rio de Janeiro, havia até prova de admissão para participar. Hoje, a organização mantém-se profissional, apenas adotamos o nome de comunidade, pois também engloba os fãs casuais. Na Geração Z, 47% dos pertencentes a uma comunidade de fãs não conhecem ninguém pessoalmente, haja vista que a sede passou de um logradouro para um arroba.
Nesse contexto de fãs atuando como creators, não há nada melhor do que ver quem você engaja, repercute e divulga, crescendo. 74% dos fãs da Geração Z gostam de ver as marcas engajando com algo que eles são fãs. Esse é o efeito de pertencimento que a comunidade proporciona ao público.
O creator deve aproveitar a era de coprodução de conteúdo para alimentar os fãs com algo que eles possam se engajar. O objetivo é facilitar o trabalho. É interessante para o creator incentivar que seus fãs, através de seus próprios perfis, reproduzam o conteúdo que foi originalmente postado pelo creator. As redes sociais, cada vez mais, colocam à disposição, recursos de colaboração para justamente aumentar o engajamento.