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E se a gente ignorasse o algoritmo por um tempo?

Sumário

— Tenho uma proposta: ignorar o algoritmo por um mês.

— O que isso significaria na prática?

— Produzir durante 30 dias sem pensar no que isso pode gerar de resultado.

— Complicado, né?

Até porque, mais difícil que aceitar o desafio é conseguir cumpri-lo. Impossível produzir para uma rede sem ser influenciado por ela. É automático.

Esse meu convite, no entanto, é para bloquearmos um pouco do que vem de fora e olhar para o que gostamos, podemos e queremos fazer.

Falando de nós

Se você lê o Além da Influência desde o ano passado, tanto nas edições quinzenais do Substack quanto nos textos diários do blog, percebeu que mudamos um pouco nosso modelo de criação. Passamos de textos mais diretos e curtos, com dicas aplicáveis aos creators, para produções longas, com maior fôlego e espaço para também refletir sobre o caminho que estamos tomando.

A decisão em mudar nossa abordagem foi muito mais olhando para dentro do que para os resultados – claro que houve influência. O que percebemos é que estávamos transitando para um nível de maturidade que exigia um comportamento compatível. Para 2025, queríamos criar um espaço seguro para que o creator pudesse se enxergar dentro dos temas abordados semanalmente.

Tendo em vista nossa mudança que se provou positiva, propomos que você faça o mesmo, avalie o que você tem feito a partir de “métricas” não quantizados pelo algoritmo.

Um feedback humano é mais importante do que um like

Me diga: 100 curtidas em um post ou ter apenas uma curtida, mas receber uma mensagem dessa pessoa que curtiu dizendo o quanto aquela publicação contribuiu para uma reflexão própria, por exemplo. O que você escolheria?

E se a mensagem fosse com tom de crítica, você então preferiria receber essa 100 curtidas?

Nos apegamos tanto a números que, por vezes, esquecemos o real objetivo de cada conteúdo que produzimos. Pode ser uma série de dicas, um texto analítico, um desabafo, em todos esses casos, publicamos para que pessoas (e não IAs) consumam. Se puder nos oferecer um feedback (escrito sem ajuda de IA), melhor.

Que tal você, em vez de classificar “o que deu certo” pelas métricas visíveis, procurar aquela mensagem que você recebeu sobre algo que postou e identificar o que provocou aquela sensação?

Menos like, mais contato humano.

A sua opinião também importa, faça algo que você gostaria de ver e não que os outros querem

Você está gostando do que publica? E não falo apenas do processo, porque com o tempo sempre entramos no piloto automático, então tudo pode ser um pouco chato.

Quando você clica em “publicar”, é algo que você gostaria de receber na sua timeline ou no seu e-mail?

Um dos maiores elogios que alguém pode receber é “eu gostaria de ter feito o que você fez”. No seu caso, se colocando em terceira pessoa, é algo que você gostaria de ter feito?

Você pode estar pensando: — muitas perguntas e ainda nenhuma resposta. Motivo? Essa perspectiva é sua. Avalie individualmente e tente, pelo menos por um mês, não produzir apenas pelo que os outros querem. Até porque talvez eles nem queiram tanto assim.

Algoritmos mudam, mas a carreira permanece

Bem autoexplicativo.

Pegue tudo que falamos até aqui e aplique na sua carreira e não em um conjunto de métricas que podem mudar de uma hora para outra — vocês sabem que muda mesmo.

Crescer não pode ser resultado apenas de uma viralização, mas de uma construção ao longo do tempo. Sabemos da pressa, é “tudo para ontem”, mas plantar em um dia para colher no outro nunca funcionou.

Olhar para a carreira também é planejar. Onde você quer daqui a 1 ano? E daqui a 5 anos?

Se formos medir quantidades nesse caso, que seja em razão da periodicidade de publicação e de horas dedicadas ao nosso objetivo. Chega de viver pelo filtro do algoritmo.

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