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Por que capitais de risco estão migrando para a creator economy?

Sumário

Do começo de 2021 até agora, startups da creator economy atingiram quase 15 bilhões de dólares. Esse aumento notável destaca o crescimento desse setor como um alvo preferencial para capital de risco (venture capital), atraindo ainda mais investimentos para o setor. Mas por quê? Vamos ver.

A ascensão do conteúdo gerado por usuários

Historicamente, grandes conglomerados de mídia dominavam a criação de conteúdo, o que tornava extremamente difícil para pessoas comuns ingressarem nesse espaço. No entanto, o surgimento das plataformas de mídia social permitiu um engajamento mais amplo.

Essa facilidade de acesso impulsionou um aumento significativo no uso das redes sociais e na visibilidade e engajamento dos creators, com usuários globais gastando mais de duas horas diárias rolando por diversas plataformas. Agora, as projeções sugerem que a creator economy pode atingir meio trilhão de dólares até 2027.

Por que capitais de riscos são atraídos pela creator economy?

Um novo setor com fluxos financeiros significativos cria novas demandas por infraestrutura que startups podem atender bem. Para os investidores de risco, isso representa um mar de oportunidades para investir em startups que oferecerão produtos voltados para um mercado em crescimento.

Quais oportunidades para startups existem na creator economy?

A infraestrutura da creator economy oferece às startups várias chances de crescimento. Tome como exemplo as possibilidades nas ferramentas de criação e gestão de conteúdo, métodos de engajamento de audiência, marketing e PR, entre outras áreas.

No entanto, o problema mais sério e, portanto, uma oportunidade para esse setor, é a questão da gestão financeira (quem paga a conta?).

Muitos creators enfrentam desafios para acessar serviços bancários tradicionais, que geralmente não consideram suas circunstâncias únicas. Como resultado, há uma demanda crescente por soluções fintech, incluindo sistemas de pagamento e ferramentas de gestão de receita.

Aqui, há uma oportunidade para as startups fintech entrarem em ação e contribuírem para o desenvolvimento do mercado.

Em particular, pagamentos internacionais e complexidades fiscais apresentam desafios contínuos, especialmente para influenciadores mais jovens, que podem não ter conhecimento das implicações financeiras de seu trabalho.

As empresas de fintech que abordarem esses problemas e desenvolverem produtos adaptados ao cenário único da creator economy têm uma oportunidade de conquistar um nicho de mercado. Isso pode ser vantajoso tanto para os creators quanto para as fintechs.

5 características dos capitais de risco na creator economy:

A Creator Economy é relativamente nova, e investir em startups desse mercado com certeza traz riscos. Isso se deve à falta de regulamentações estabelecidas e ao surgimento de novas, à confiança e às fortes relações com outras grandes indústrias.

Reconhecimento de barreiras específicas. Os investidores devem avaliar minuciosamente se uma startup possui uma compreensão sólida do mercado e do potencial de escalabilidade. Por exemplo, soluções focadas em engajamento de audiência podem enfrentar barreiras culturais ou linguísticas que poderiam prejudicar seu sucesso em mercados diversos.

Muitos creators pertencem à Geração Z, um grupo que cresceu com a internet e é altamente adaptável a novas tecnologias. Os investidores precisam entender as necessidades e preferências únicas desse público, em vez de apenas visar o lucro. Eles terão que estar prontos para acompanhar—o sucesso depende de uma adaptação rápida às tendências, testes de novas ideias e inovação constante.

A capacidade de oferecer soluções altamente flexíveis que possam se adaptar rapidamente às diversas exigências de várias plataformas de distribuição de conteúdo também é essencial. O principal é garantir que a solução não esteja vinculada a uma plataforma específica, mas que seja versátil o suficiente para atender às necessidades mutantes do ambiente digital—ou seja, ser agnóstica em relação à plataforma.

Soluções globais também são altamente necessárias. Atualmente, não existem estruturas universais estabelecidas. Creators e empresas precisam navegar por um emaranhado de regras e políticas regionais. É importante estar preparado para enfrentar esses desafios locais diversos enquanto também se busca criar soluções que possam funcionar globalmente.

Conclusão

A creator economy apresenta um grande número de oportunidades de investimento para investidores de risco. E como o mercado é relativamente novo e nossas vidas são cada vez mais digitais, ele crescerá ainda mais com novas tendências, tecnologias e soluções, que certamente surgirão junto com novos desafios, exigindo colaboração entre VCs e startups.

Texto traduzido e adaptado de “Capitalizing on Creativity: Why Venture Firms are Flocking to the Creator Economy” do portal The Recursive.

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