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A perda de biodiversidade é um dos maiores riscos em ESG

Sumário

A perda de biodiversidade — que significa a diminuição na riqueza e variedade de plantas e animais nos ecossistemas naturais — se apresenta como um novo risco para investidores. O último Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial identifica a perda de biodiversidade e o colapso dos ecossistemas como o terceiro risco mais grave para os próximos 10 anos. Mais de 50% do produto interno bruto global depende moderada ou altamente de ecossistemas naturais.

Responsabilidade compartilhada

As empresas têm sido grandes contribuidoras para o declínio da biodiversidade — por exemplo, através de mudanças no uso da terra devido à expansão agrícola, mudanças climáticas causadas pelas emissões de gases de efeito estufa, a superexploração de recursos naturais e a poluição.

Como resultado, as empresas também desempenham um papel central na interrupção e reversão da perda de biodiversidade.

Desde 2022, várias regulamentações, estruturas e coalizões surgiram para ajudar os investidores a avaliarem os riscos e impactos relacionados à biodiversidade para os negócios. Uma estrutura de grande visibilidade é a Força-Tarefa para Divulgações Financeiras Relacionadas à Natureza (Taskforce on Nature-related Financial Disclosures, TNFD). Mais de 400 empresas planejam adotar as recomendações da TNFD.

Há progresso nessa questão?

O progresso em considerar a biodiversidade nas decisões de investimento ainda é lento. Igualmente, é raro encontrar estratégias de investimento que se concentrem especificamente na biodiversidade. Identificamos apenas 34 fundos abertos e fundos negociados em bolsa no banco de dados da Morningstar Direct que têm como tema de investimento a biodiversidade e o capital natural, e todos são direcionados a investidores europeus. O único produto disponível nos EUA, o fundo de impacto de biodiversidade Karner Blue, foi fechado em fevereiro de 2024.

Em um relatório publicado nesta semana, exploramos o crescente cenário de fundos de biodiversidade, que atualmente representam 3,7 bilhões de dólares em ativos. Subdividimos esses fundos em três categorias: orientados a risco, mistos e focados em soluções.

Os fundos orientados a risco em biodiversidade normalmente investem apenas em empresas que buscam reduzir seu impacto negativo na biodiversidade. Por exemplo, consideram a eficiência no uso da água, a redução de resíduos e a proteção da biodiversidade, especialmente em setores que dependem altamente da natureza e de seus serviços, como agricultura, alimentos e bebidas, e construção. Os fundos orientados a risco também excluem geralmente empresas envolvidas em atividades que prejudicam ecossistemas.

Enquanto isso, os fundos focados em soluções têm como alvo empresas que ajudam a proteger e restaurar a biodiversidade por meio de seus produtos ou serviços. Por exemplo, a Xylem XYL, mantida por 11 fundos focados em soluções, é uma empresa global de tecnologia da água que desenvolve soluções para a gestão de água e águas residuais. Também está entre as participações mais populares a Deere DE, uma fabricante líder de máquinas agrícolas, de construção e de silvicultura.

Texto traduzido e adaptado de “The Biggest ESG Risk You May Not Know About” do portal Morningstar

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