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Como utilizar as diretrizes de ESG para potencializar o valor da sua empresa?

Sumário

Imagine uma sala de reuniões lotada. O CEO apresenta os resultados trimestrais enquanto os olhos dos investidores percorrem não apenas as linhas de lucro, mas também os gráficos sobre emissões de carbono, diversidade na liderança e impacto social.

A cena pode parecer parte de um futuro distante, mas é o presente. Cada vez mais, os stakeholders exigem que as empresas mostrem não só sua força financeira, mas também como contribuem para um mundo mais sustentável. Nesse cenário, os relatórios ESG não são apenas documentos, mas declarações de compromisso e estratégia. E isso define quem sobrevive e quem prospera no mercado atual.

De acordo com a Greenomy, esses relatórios oferecem aos stakeholders uma visão detalhada do comprometimento de uma empresa com a sustentabilidade e operações éticas. Com a crescente ênfase no impacto ambiental, na responsabilidade social e na transparência na governança, as empresas enfrentam uma pressão maior para demonstrar seu alinhamento com esses valores.

O objetivo é fornecer aos stakeholders, incluindo investidores, clientes e reguladores, dados abrangentes sobre como a empresa aborda riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade.

Quais são os indicadores?

Métricas importantes nos relatórios ESG incluem emissões de carbono, consumo de energia, iniciativas de diversidade, práticas trabalhistas, estrutura do conselho administrativo e relacionamentos com fornecedores. Esses indicadores são responsáveis por avaliar os riscos de longo prazo e o potencial de desempenho de uma empresa, indo além de métricas financeiras para incluir esforços de sustentabilidade.

A adoção de relatórios ESG é impulsionada por pressões regulatórias crescentes em todo o mundo. Na Europa, diretivas como a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD), onde mais de 60 mil empresas terão que apresentar relatórios de sustentabilidade até 2025, e a Taxonomia da União Europeia ampliaram o escopo das divulgações ESG obrigatórias para inúmeras empresas.

Globalmente, padrões estabelecidos por órgãos como o International Sustainability Standards Board (ISSB) estão definindo uma base para divulgações de sustentabilidade, incentivando os países a incorporarem esses padrões em seus frameworks nacionais.

O mercado tem observado uma mudança, com stakeholders valorizando cada vez mais o compromisso de uma empresa com a sustentabilidade. Estudos de consultorias como EY e McKinsey indicam uma forte correlação entre o desempenho ESG de uma empresa e as decisões de investimento, com consumidores preferindo negócios que priorizam responsabilidades ambientais e sociais.

A contribuição dos relatórios

Em vez de enxergar os relatórios ESG apenas como uma obrigação de conformidade, as empresas estão reconhecendo seu valor estratégico. Eles desempenham um papel balizador em áreas como gestão financeira, eficiência operacional, relacionamento com stakeholders e tomada de decisões estratégicas, apoiando a criação de valor a longo prazo e o crescimento dos negócios.

A Comissão Europeia estabeleceu diversos padrões de relatórios ESG para promover investimentos sustentáveis e atender às metas do Acordo Verde Europeu (Green Deal). Esses padrões, incluem a Taxonomia da UE, a CSRD e o Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis (SFDR).

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