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Marketing de influência chega a 250 bilhões de dólares enquanto micro-influencers sentem-se excluídos desse mercado

Sumário

De que adianta a indústria chegar a 250 bilhões de dólares, com previsão de dobrar este número até 2027, se o bolo não for repartido?

Muitos creators menores dizem que se sentem excluídos devido à concorrência de grandes marcas, mudanças nos algoritmos e os altos e baixos das parcerias com marcas. O portal Business Insider conversou com alguns deles. Acompanhe seus relatos aqui no Além da Influência.
“O mercado pode estar se expandindo, mas a competição é feroz”, afirmou Tachat Igityan, CFO e fundador da Destream, uma plataforma de pagamentos para creators, em entrevista ao Business Insider. “E o espaço para os players menores parece menor do que nunca.”

A luta dos pequenos

Os micro-influencers, que possuem entre 10.000 e 100.000 seguidores, são conhecidos por sua autenticidade e alto engajamento, o que atraiu marcas nos últimos anos.
Como resultado, eles ficaram mais caros. Isso fez com que as marcas começassem a voltar sua atenção para creators com um histórico comprovado ou para celebridades mais conhecidas, consideradas investimentos mais seguros.

Isso criou um problema para essa classe média dos influenciadores. Vários deles compartilharam suas frustrações no TikTok, dizendo que pensam em desistir da criação de conteúdo e voltar a empregos tradicionais.

Julia Montgomery, por exemplo, contou aos seus 428.000 seguidores, em maio, que não conseguia mais trabalhar com isso em tempo integral, citando sua saúde mental como motivo.
Marisa Kay, que tem 44.000 seguidores, disse que decidiu abandonar a vida de influenciadora após um ano para aceitar um emprego corporativo.
Ruby Tufte, uma criadora de conteúdo, relatou ao Business Insider que começou no YouTube há cinco anos e depois migrou para o TikTok, onde publica conteúdos sobre perda de peso para seus 10.000 seguidores.

Tufte disse que viu algum progresso no último ano, mas a jornada tem sido difícil. Ela costumava querer ser influenciadora em tempo integral, mas não mais. No início deste ano, publicou um TikTok explicando que esse não era mais seu objetivo, dizendo que essa busca era “exaustiva”.
“O algoritmo é realmente frustrante”, disse Tufte ao BI. “Você precisa alimentá-lo no final do dia.”

Mais bocas para alimentar

Dominic Smales, fundador e ex-CEO da primeira agência de gerenciamento de talentos digitais do mundo, Gleam Futures, e agora cofundador da nova empresa de marketing para creators, GloMotion Studios, contou ao Business Insider que se lembra de 2016, quando os criadores de conteúdo eram um tipo novo de talento e conseguiam mais contratos de seis dígitos.
Agora, existem “muito mais bocas para alimentar”, afirmou.

Kim Murray, fundadora da Virality Boost, uma rede de distribuição de conteúdo para influenciadores, disse ao Business Insider que os custos de posts no Instagram e parcerias com marcas dispararam entre 2015 e 2018.
Depois vieram as empresas de gestão e redes de afiliados, que começaram a pegar sua parte. Isso fez com que os criadores individuais vissem menos dinheiro.
“A creator economy de US$ 250 bilhões pode parecer gigantesca, mas isso não significa que todos os influenciadores estão lucrando muito”, afirmou Murray. “Apenas alguns sortudos conseguem fechar negócios milionários, enquanto o restante fica sem muito para mostrar.”

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