Business Influence como fronteira da Creator Economy
Se alguém perguntasse, há dois anos, o que era um business influencer, ou o influenciador de negócios, ou B2B influencer, para muita gente a resposta seria não sei. Nem as agências e nem mesmo as marcas sabiam se esse bicho era de comer ou passar no cabelo. Mas o fato é que este nicho de influenciadores está crescendo, especialmente por conta do LinkedIn.
É uma crescente que pode ser acompanhada desde 2021, quando a rede lançou seu primeiro Programa de Aceleração de Crators e em 2024 com o aumento do número de Top Voices na rede. Em 2025 vai aumentar ainda mais, e vai demandar dos times de marketing que se debrucem em compreender este nicho.
Mas o que torna estes Business Influencers especiais? Diferente dos influencers tradicionais, este tipo de “influencer” tem sua influência antecedida pela sua expertise em alguma das disciplinas de negócios. Estas pessoas conseguem reunir em si mesmas a Expertise, Influência, Relevância, Autenticidade e Legitimidade. No fim do dia, a audiência criada por este grupo de especialistas foi baseada no seu conhecimento, e não por ter negado um assento na janela a uma criança.
O futuro do marketing B2B passa por estes influencers.
Colaboradores como influenciadores e a ascensão do conteúdo gerado pelos funcionários – EGC Employee-Generated Content
Uma alternativa barata aos influencers tradicionais tem sido utilizada de forma institucional pelas mais diversas marcas que decidiram investir nas pessoas colaboradoras como influencers da marca. No Brasil, Sankhya, Itaú e Globo possuem programas institucionais para este fim a investir neste formato de conteúdo, as marcas apostam na força do EGC como uma ferramenta poderosa e econômica para criar conexões autênticas e construir uma reputação positiva da marca.
Ao explorar as vozes e experiências das pessoas colaboradoras, as marcas podem reduzir as despesas de marketing e promover a confiança e a credibilidade com seu público. Seja exibindo uma visão dos bastidores do seu local de trabalho ou destacando as personalidades únicas dos talentos, o EGC pode trazer uma perspectiva nova e relacionável que os métodos tradicionais de marketing geralmente não conseguem.
A influência digital como habilidade na Job description de CEOs e da Alta Liderança
A pressão que os CEOs começaram a sofrer para que eles estejam presentes nas redes sociais, principalmente o LinkedIn em 2024, vai aumentar em 2025. O assunto não é novidade, foi um movimento acentuado com a pandemia. Naquela época, as redes sociais se tornaram o palco para a alta liderança se comunicar com clientes.
O que antes era um canal extra de comunicação, se tornou mandatório e os CEOs passaram a dar mais atenção às redes pessoais profissionais, especialmente o LinkedIn. Mas é sempre bom lembrar que é preciso manter a autenticidade. O conteúdo produzido por CEOs e Altas Lideranças devem ressoar como real e produzido pela própria pessoa. Isso significa que o CEO terá que dedicar algum tempo para o job de Business Influencer.
Você vai precisar desenvolver a habilidade de Curadoria
A curadoria de conteúdo emergirá como elemento central nas estratégias de marketing de influência em 2025. O impulso virá da crescente sobrecarga de opções enfrentada pelas pessoas nas redes sociais, especialmente com o uso massivo da IA e IAfoxicação.
A saturação de opções nas redes sociais e a exaustão algorítmica têm gerado fadiga decisória entre consumidores, que buscam cada vez mais orientação confiável para suas escolhas de compra. Este cenário cria uma oportunidade significativa para influenciadores e marcas que conseguirem efetivamente curar e recomendar seja lá o que for.
O rebranding das redes sociais
Um movimento iniciado em 2024, vai ganhar mais destaque com a redes sociais criando cada vez mais um distanciamento deliberado do termo “mídia social”. Esta análise examina como as principais empresas do setor estão redefinindo suas identidades corporativas.
Basta ver como estas empresas de mídia passaram a se apresentar em 2024. O Reddit se reposicionou como “comunidade de comunidades”. O TikTok se define como “plataforma de entretenimento”. Já o Snapchat se identifica como “plataforma de comunicação”. Por fim, o Pinterest busca ser o “refúgio da toxicidade das mídias sociais”.
Será que vai colar em tempos de derretimento de cérebros causados por estas mesmas redes?
Regulamentação das redes sociais
As preocupações com o uso das mídias sociais pelos jovens atingiram um ponto crítico internacionalmente, com regulamentações abundantes em vários mercados. No Brasil, São Paulo já proibiu o uso de celular nas escolas públicas e privadas de todo estado.
Na Austrália foi aprovada uma proibição de mídia social para menores de 16 anos. Ainda não está claro como tal proibição será aplicada, dada a atual falta de tecnologia de verificação de idade confiável e segura para privacidade. O governo australiano disse que as opções serão testadas nos próximos meses, com as próprias plataformas responsáveis por sua implementação.
Independentemente da eficácia da implementação da política, outros países — incluindo o Reino Unido — podem seguir o exemplo e a Escócia já está com uma lei semelhante.
Enquanto isso, nos EUA, o congresso aprovou uma proibição do TikTok, citando preocupações de segurança nacional sobre os laços do aplicativo com a China. Com um juiz federal mantendo a constitucionalidade da lei em dezembro, o TikTok está ficando sem opções, embora vá apelar para a Suprema Corte dos EUA.
É fato que, embora tímidos em 2024, os movimentos de regulamentação das redes serão mais constantes em 2025. A porteira está aberta e é um caso de saúde pública regulamentar este tipo de negócio, que cresceu sem regras específicas.