Será que cansamos de vídeos curtos e que liberam alta carga de dopamina nos primeiros segundos? Estudo de junho da Influencer Marketing Hub mostra que Youtube cresceu de 14.5% para 20.5% nas preferência para o marketing de influência.
Do outro lado, o TikTok ainda continua na segunda posição — atrás do Instagram — mas teve um decréscimo de de 12.3%, passando de 37.3% para 32.7% das preferências. Esse crescimento é referente ao período de maio a junho deste ano.
Vamos aos números completos:
- Instagram: 38.6% em maio para 39.1% em junho, aumento de 1.3%.
- TikTok: 37.3% em maio para 32.7% em junho, diminuição de 12.3%.
- YouTube: 14.5% em maio para 20.5% em junho, aumento de 41.1%.
- Facebook: 8.1% em maio para 5.8% em junho, diminuição de 28.4%.
- Twitter: 1.4% em maio para 1.3% em junho, diminuição de 5.9%.
Olhando para as duas plataformas que tem conteúdo focado em formato de vídeo podemos ter indicações distintas.
Youtube: preferências por vídeos longos
O número de vídeos com mais de 20 minutos de duração enviados por creators aumentou de 1,3 milhão em julho de 2022 para 8,5 milhões em junho de 2024, de acordo com dados da Tubular Labs.
O Youtube sempre foi uma alternativa ao consumo de televisão aberta ou por assinatura. Com o tempo, o TikTok, seguido dos Reels do Instagram, fizeram com que a plataforma da Google tivesse que acompanhar a velocidade e a transição no consumo de mídia.
A solução: o Youtube Shorts. Mesmo assim, na outra ponta da mesa, creators vêm desenvolvendo produtos mais longos em duração e que possibilitam o consumo com contornos parecidos com o que tínhamos na televisão.
Hoje, podemos ver um talk show, um festival de música ou uma partida de futebol no Youtube e pela TV. É sempre um ciclo, mas com novas abordagens.
Diferente do TikTok, o Youtube consegue ser consumido com desenvoltura em diferentes dispositivos (celulares, tablets, computadores e televisores).
Não é recomendado colocar as duas plataformas como concorrentes diretas, cada uma possui características que as diferenciam.
TikTok: regulamentação afeta desempenho
Não que outras plataformas sejam exemplo quanto à regulação de seus conteúdos. Mesmo assim, há uma preocupação em evitar com que direitos autorais e de transmissão do conteúdo sejam assuntos mais simples de ser resolvido.
O Youtube, ainda que tenha pouco efeito prático, já possui o creator music e, portanto, fornece algumas soluções para o controle dos direitos autorais.
Nessa altura do campeonato, acho que todos já sabem o potencial de viralização dos conteúdos no TikTok. Uma música de 10 anos atrás pode chegar ao topo, enquanto uma trend nativa da plataforma pode pautar programas televisivos.
Diante da potência e influências, governos e organizações têm chamado a atenção pelo controle da plataforma. A União Europeia, por exemplo, possui discussões ativas sobre em quais leis de regulamentação a gigante chinesa se enquadra.
Isso tem levado com que muitos criadores e marcas tenham mais cautela na distribuição do seu conteúdo. Não é apenas uma tendência de diminuição no consumo, mas no cuidado ao veicular seus produtos.
Não, o TikTok não vai acabar ou perder audiência a ponto de se tornar irrelevante, mas é bom ressaltar que o mundo digital não é alheio ao real, por isso é importante estar atento ao que rola nos bastidores.