Ninguém gosta de ser ignorado. Se um criador de conteúdo interrompe a comunicação com uma marca durante uma colaboração, essa marca perde o que investiu no relacionamento, além de prejudicar sua reputação com outros criadores.
Para um profissional de marketing, pode parecer que uma parceria paga é incentivo suficiente para um criador concluir um projeto com sucesso, mas nem sempre é o caso. Criadores grandes e pequenos têm prioridades diferentes que nem sempre se alinham com o que as marcas oferecem, e é comum que os criadores desistam do projeto no meio se o trabalho não atender às suas expectativas.
As marcas precisam dedicar tempo para entender as prioridades dos criadores com quem estão trabalhando e se comprometer com uma colaboração que garanta que essas necessidades sejam atendidas e respeitadas durante todo o processo.
Aqui no Além da Influência já falamos sobre as expectativas dos creators em relação às campanhas de marketing de influência. Desta vez, as dicas vão para quem está do outro lado da parceria: as marcas!
Os criadores se importam com mais do que dinheiro
Dinheiro é importante, mas até certo ponto. Embora os criadores valorizem a compensação financeira, cada um tem uma série de outras prioridades que considera ao decidir trabalhar com uma marca. Se essas prioridades não forem atendidas, eles podem desistir da parceria em algum momento.
- Integridade criativa: Os criadores são movidos pelo amor ao que fazem. Cada um tem um processo artístico que é importante para eles. Alguns estão dispostos a comprometer sua voz ou abordagem, mas, na maioria das vezes, garantir que os parceiros tenham controle criativo (com limites de segurança da marca!) é essencial. As marcas precisam aceitar que, embora os criadores gostem de colaborar, eles desejam liberdade criativa.
- Interesses concorrentes: Uma única parceria com uma marca dificilmente é a única coisa na agenda de um influenciador em um determinado momento. Eles estão equilibrando outros projetos e fontes de renda. Muitos têm empregos em tempo integral, famílias e outras prioridades que competem por seu tempo, e eles precisam de flexibilidade para gerenciar tudo.
- Prazos: Se uma marca impõe prazos irreais, os criadores podem decidir que a parceria não vale a pena. Expectativas práticas de desempenho são fundamentais. Dependendo da plataforma, do objetivo e do parceiro, os dados de desempenho podem estar disponíveis em momentos diferentes. Deixe espaço em seus cronogramas para garantir acesso às métricas mais precisas.
- Comunicação: O silêncio pode acontecer dos dois lados. Uma marca não conquistará lealdade com uma oferta genérica. A compensação e as expectativas do projeto devem ser claramente comunicadas, mas a comunicação não termina aí. Os criadores querem trabalhar diretamente com a marca e ter um diálogo durante todo o processo. A verdadeira colaboração exige que pessoas reais trabalhem juntas, oferecendo sugestões e feedback para fazer do projeto um esforço de equipe bem-sucedido.
- Produtos de qualidade: Os criadores conhecem sua marca pessoal, bem como o que importa para seus seguidores. Bons criadores só se envolvem em parcerias que promovem produtos de qualidade e marcas com valores semelhantes.
Conclusão
Para que uma parceria com criadores de conteúdo seja bem-sucedida, as marcas precisam ir além da compensação financeira e focar em uma relação baseada em colaboração (de verdade), respeito às prioridades criativas e comunicação!
Entender que os criadores têm outras demandas e valores próprios é o mínimo que se espera ao construir parcerias que atendam aos objetivos. Quando as marcas respeitam a liberdade criativa, oferecem flexibilidade e se comprometem com um diálogo aberto, elas não só garantem o sucesso da campanha, mas também fortalecem sua reputação entre os criadores e o público.
Texto traduzido e adaptado de “How brands can avoid getting ghosted by creators” do portal Campaign.