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Estudo mostra que colaboradores tendem a engajar seis vezes mais quando seus líderes demonstram empatia

Sumário

Estudo destaca a necessidade de uma liderança baseada na empatia e políticas de trabalho equitativas para o cenário em evolução da cultura organizacional.

O “Relatório Global de Cultura 2024” do O C Tanner Institute mostra que há uma demanda crescente por empatia, flexibilidade e desenvolvimento de habilidades nos ambientes de trabalho modernos, abrangendo tanto os cargos administrativos quanto aqueles em funções não relacionadas a escritórios. O estudo também faz um alerta contundente às empresas: invistam em culturas centradas nas pessoas ou corram o risco de perder talentos.

Empatia só funciona se tiver ações

O relatório, baseado em uma pesquisa com mais de 42 mil funcionários em todo o mundo, além de líderes de RH e executivos, afirma que a “empatia” precisa estar no centro das estratégias de liderança eficazes para as empresas.

Destacando o papel essencial da empatia no aumento do engajamento e lealdade dos funcionários, o relatório afirma que os funcionários têm seis vezes mais chances de se engajar quando seus líderes demonstram empatia genuína, e não apenas como um “entendimento”. A empatia precisa ser acompanhada de ações concretas para atender às necessidades dos colaboradores, conforme destaca o relatório.

Os dados da pesquisa, no entanto, sugerem uma discrepância entre percepção e realidade. Embora 59% dos funcionários reconheçam que seus líderes expressam empatia, 41% sentem que essas ações carecem de um acompanhamento significativo.

De acordo com o relatório, quando a empatia é acompanhada por ações concretas, os funcionários têm sete vezes mais chances de relatar um engajamento acima da média e seis vezes mais chances de sentir um forte senso de pertencimento.

A força de trabalho “80%”: Atendendo às necessidades dos colaboradores fora do escritório

O relatório identifica a força de trabalho “80%”, referindo-se à grande maioria dos trabalhadores globais que não ocupam cargos administrativos ou de escritório, incluindo os funcionários da linha de frente, do varejo e de serviços, que muitas vezes se sentem negligenciados na cultura organizacional. Apenas 45% dos entrevistados disseram se sentir valorizados por suas organizações, em comparação com 68% dos seus colegas de escritório.

Apenas 35% desses trabalhadores sentem que têm autonomia para gerenciar compromissos pessoais, e apenas 45% sentem que são apoiados no aprendizado de novas habilidades.

O relatório enfatiza que essa é uma área crítica de intervenção para promover uma cultura de trabalho inclusiva. Ele alerta que falhar em engajar esse segmento essencial da força de trabalho pode resultar em taxas mais altas de rotatividade. “Nos últimos dois anos, as organizações de todos os setores têm enfrentado dificuldades crescentes para reter os 80%. A Forbes relata taxas de rotatividade de até 500% ao ano”, diz o relatório.

Flexibilidade: Um aspecto inegociável para os funcionários

Segundo o relatório, a “flexibilidade” nas modalidades de trabalho emergiu como um fator inegociável para os funcionários atuais. Cerca de 73% dos entrevistados, incluindo funções administrativas, de linha de frente e não ligadas a escritórios, disseram que considerariam deixar seu emprego se não tivessem flexibilidade suficiente em como, onde e quando trabalham.

O relatório revela que implementar flexibilidade de forma equitativa e prática é um desafio para as organizações, especialmente em países como a Índia, onde os trabalhadores da linha de frente representam uma grande parte da força de trabalho. O estudo sugere que a flexibilidade seja personalizada para diferentes funções, garantindo que todos os colaboradores se sintam apoiados.

Desenvolvimento de habilidades: Um caminho para a retenção

A capacitação é uma estratégia fundamental para as empresas lidarem com a escassez de talentos e os desafios de retenção, segundo o relatório. Apenas 10% da força de trabalho “80%” afirmam ter acesso adequado às ferramentas, tecnologias e oportunidades de crescimento necessárias para avançar em suas funções.

O relatório recomenda que as organizações fechem essa lacuna, afirmando que o investimento em aprendizado contínuo pode aumentar em 14 vezes o engajamento dos funcionários e em 10 vezes a sensação de realização.

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